
Ludwig van Beethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor erudito alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos.
Carreira
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe (1748-1798), o melhor mestre de cravo da cidade[2], que lhe deu uma formação musical sistemática, e lhe deu a conhecer os grandes mestres alemães da música. Numa carta publicada em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava que seu discípulo, de dez anos, dominava todo o repertório de Johann Sebastian Bach, e que o apresentava como um segundo Mozart. Compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns Lieder. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai - alcoolismo. Foi neste ano que conheceu um jovem Conde de Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de ir estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque de Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte de sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos de idade, teve que lutar contra dificuldades financeiras, já que seu pai tinha perdido o emprego, devido ao seu já elevado grau de alcoolismo.
Em 1792, já com 21 anos de idade, muda-se para Viena onde, afora algumas viagens, permanecerá para o resto da vida. Foi imediatamente aceito como aluno por Joseph Haydn, o qual manteve o contacto à primeira estadia de Ludwig na cidade. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o leva a ter aulas com Antonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger, que era maestro de capela na Catedral de Santo Estêvão. Tornou-se então um pianista virtuoso, cultivando admiradores, os quais muitos da aristocracia. Começou então a publicar as suas obras (1793-1795). O seu Opus 1 é uma colecção de 3 Trios para Piano, Violino e Violoncelo. Afirmando uma sólida reputação como pianista, compôs suas primeiras obras-primas: as Três Sonatas para Piano Op.2 (1794-1795). Estas mostravam já a sua forte personalidade.
Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos. | — Ludwig van Beethoven, in Testamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802 |
Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou! | — Ludwig van Beethoven, in Testamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802 |
Crise da Criatividade
Depois de 1812, a surdez progressiva aliada à perda das esperanças matrimoniais e problemas com a custódia do sobrinho levaram-o a uma crise criativa, que faria com que durante esses anos ele escrevesse poucas obras importantes.
Neste espaço de tempo, escreve a Sinfonia nº 7 em Lá Maior, Op.92, entre 1811 e 1812, a Sinfonia nº 8 em Fá Maior, Op.93, em 1812, e o Quarteto em Fá Menor, Op.95, intitulado de Serioso, em 1810.
A partir de 1818, Ludwig, aparentemente recuperado, passou a compor mais lentamente, mas com um vigor renovado. Surgem então algumas de suas maiores obras: a Sonata nº 29 em Si bemol Maior, Op.106, intitulada de Hammerklavier, entre 1817 e 1818; a Sonata nº 30 em Mi Maior, Op.109 (1820); a Sonata nº 31 em Lá bemol Maior, Op.110 (1820-1821); a Sonata nº 32 em Dó Menor, Op.111 (1820-1822); as Variações Diabelli, Op.120 (1819.1823), a Missa Solemnis, Op.123 (1818-1822).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_van_Beethoven
Anne-Sophie Mutter (29 de junho de 1963) é uma virtuosa violinista alemã.
Nascida na cidade de Rheinfelden, em Baden-Württemberg, começou na música tocando piano aos cinco anos de idade. Pouco tempo depois, começou a estudar violino com Erna Honigberger e Aida Stucki.
Após ganhar inúmeros prêmios, foi eximida da escola para que se dedicasse à música. Aos 13 anos, o renomado maestro Herbert von Karajan a convidou para tocar com a Filarmônica de Berlim, uma das orquestras mais conceituadas do mundo. Em 1977, Anne-Sophie fez sua estréia no Festival de Salzburgo, tocando com a English Chamber Orchestra regida por Daniel Barenboim.
Aos 15 anos, Mutter fez sua primeira gravação, o Terceiro e o Quinto concertos para violino de Mozart, com Karajan e a Filarmônica de Berlim. No mesmo ano, recebeu o título de "Artista do Ano".
Embora seu repertório costuma incluir diversas obras clássicas e românticas, Mutter é mais conhecida por suas performances de música moderna. Várias obras já foram compostas em sua homenagem, como a Partita, de Witold Lutosławski, o Segundo Concerto para Violino, de Krzysztof Penderecki, e Gesungene Zeit de Wolfgang Rihm. Já recebeu inúmeros prêmios, incluindo vários Grammy's. Possui dois violinos Stradivarius (O Emiliani de 1703 e o Lord Dunn-Raven de 1710).
Em 1989, Mutter se casou com seu primeiro marido, Detlef Wunderlich, falecido em 1995 e com quem teve dois filhos, Arabella e Richard. Desde 2002 é casada com o pianista e maestro André Previn. Mora atualmente em Munique com ele e seus dois filhos.
Recebeu em 2003 o Prêmio da Música Herbert von Karajan
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anne-Sophie_Mutter
Arquivo em 4 partes:
http://www.megaupload.com/?d=5581NKUI
http://www.megaupload.com/?d=H65G4LMB
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